Governo Lula Adota Postura Passiva e Descarta Retaliação na Saúde Contra Tarifaço dos EUA – Noticiário 24H

Enquanto os Estados Unidos impõem tarifas pesadas sobre produtos brasileiros, o governo Lula já deixou claro que não pretende retaliar na área da saúde. O ministro da Saúde afirmou nesta quinta-feira (8) que não haverá qualquer medida contra produtos médicos e farmacêuticos vindos do mercado americano — sinalizando que, ao menos nesse setor, Washington não precisa se preocupar.

A decisão, anunciada em plena escalada da crise comercial provocada pelo tarifaço de Donald Trump, reforça a estratégia de “paz e amor” adotada pelo Planalto, mesmo diante de medidas unilaterais que prejudicam diretamente a economia nacional.

Segundo o ministro, a justificativa é que a saúde “não pode ser usada como instrumento de retaliação” e que “o Brasil precisa preservar o acesso a insumos e tecnologias essenciais”. O discurso, embora soe nobre, deixa evidente que o governo já começa a abrir exceções antes mesmo de apresentar uma resposta concreta às tarifas impostas pelos EUA.

EUA atacam, Brasil recua

Enquanto Trump comemora publicamente o aumento das tarifas e ameaça novos setores, Brasília segue tentando “dialogar” e costurar entendimentos, sem sinalizar medidas duras ou prazos para agir. Na prática, a decisão de não retaliar na saúde enfraquece a posição brasileira nas negociações e passa a mensagem de que Washington pode impor barreiras sem grandes consequências.

Setores industriais e agrícolas, que aguardam medidas de proteção ou compensação, observam com preocupação a postura do governo. A cada recuo, aumenta a percepção de que o Brasil está entrando em uma negociação já em desvantagem e que o tarifaço pode ser apenas o primeiro de uma série de ataques comerciais.