O Efeito Colateral da Crise: Real fraco transforma Brasil em destino de ‘turismo de saúde’, expondo o sucesso do setor privado apesar do Estado – Noticiário 24H

Em um dos paradoxos mais reveladores da economia brasileira, a fraqueza da nossa moeda — um sintoma direto da instabilidade política e do descontrole fiscal promovidos pelo Estado — está impulsionando um inesperado setor de exportação: a saúde. O chamado “turismo médico” cresce de 15% a 25% ao ano no Brasil, com estrangeiros desembarcando no país em busca de procedimentos de alta qualidade a preços que, em dólar ou euro, se tornaram uma barganha. O fenômeno é a prova cabal da resiliência e excelência do setor privado, que consegue prosperar e competir globalmente apesar das amarras de um Estado ineficiente.

A combinação de uma moeda desvalorizada com a reconhecida competência dos médicos e hospitais privados brasileiros, especialmente em áreas como a cirurgia plástica, criou o cenário perfeito. Segundo reportagem da agência alemã Deutsche Welle (DW), o Brasil se tornou um dos destinos mais procurados do mundo para procedimentos estéticos e outros tratamentos, com estrangeiros compondo uma fatia significativa dos pacientes.

Esta não é uma vitória do “modelo brasileiro”, mas sim uma vitória do mercado, que opera apesar do modelo brasileiro. O que os “turistas de saúde” vêm buscar aqui não é o SUS, com suas filas intermináveis e sua crônica falta de recursos. Eles buscam a excelência de hospitais, clínicas e profissionais que operam sob a lógica da livre iniciativa, da competição e da busca pela qualidade para atrair clientes.

A ironia é profunda. O mesmo governo que, com suas políticas fiscais irresponsáveis e sua retórica hostil ao capital, enfraquece o real e gera a crise, é indiretamente responsável por criar a “oportunidade” para este novo mercado. No entanto, o mérito não é do Estado, mas dos empreendedores e profissionais da saúde que, mesmo em um dos piores ambientes de negócios do mundo, conseguiram construir um setor de padrão internacional.

O crescimento do turismo de saúde é um farol de como a economia brasileira poderia prosperar se o Estado saísse do caminho. Ele demonstra que, quando a qualidade do serviço brasileiro pode competir em um mercado global — neste caso, auxiliado por um câmbio favorável —, ele vence. A lição é clara: o Brasil não precisa de mais intervenção estatal ou de programas de fomento ao turismo. Precisa de uma moeda forte e estável, de menos impostos e de um ambiente que permita que a excelência do setor privado, já demonstrada na saúde, possa florescer em todas as outras áreas.

O “turista de saúde” que chega ao Brasil não está apenas comprando um procedimento médico mais barato. Ele está, sem saber, votando com seu dinheiro, e o voto é claro: a favor da iniciativa privada brasileira, e contra o modelo estatal que a sabota.