O Voto de Desconfiança: Fuga de investimento produtivo do Brasil expõe o fracasso do ‘Custo-Governo’ – Noticiário 24H
Enquanto o governo celebra a entrada de capital especulativo na bolsa de valores, os dados do Banco Central contam a história real e sombria: o Brasil está enfrentando uma das maiores fugas de Investimento Estrangeiro Direto (IED) o capital produtivo, que gera empregos e constrói fábricas das últimas décadas. Esta hemorragia de capital não é um acidente, mas um voto de desconfiança claro dos investidores globais contra um país que se tornou hostil à produção e à liberdade econômica.
A narrativa oficial, muitas vezes replicada pela imprensa, tenta mascarar a crise com números de “fluxo positivo”, mas essa é uma perigosa distorção. O que tem entrado no país é majoritariamente capital de curto prazo, atraído pelos juros estratosféricos que o próprio governo é forçado a pagar para rolar sua dívida impagável. É o dinheiro do rentismo, não da produção. O dinheiro que realmente importa, aquele que constrói o futuro, está fazendo as malas.
E os motivos para essa fuga são óbvios para qualquer um que não esteja cego pela ideologia. O Brasil, sob a atual gestão, aprofundou todos os elementos do infame “Custo Brasil”, que agora deveria ser rebatizado de “Custo-Governo”:
- Insegurança Jurídica Sem Precedentes: A principal razão para a fuga de capital é a total imprevisibilidade. Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que alteram retroativamente regras tributárias, como no caso da CSLL, criaram um ambiente de pânico. Nenhum investidor sério alocará bilhões em um país onde as regras do jogo podem ser mudadas a qualquer momento por uma canetada de um juiz não eleito.
- Agressividade Fiscal: A sanha arrecadatória do governo, com a criação de novos impostos, o fim de isenções e a complexidade da Reforma Tributária, sinaliza para o capital que o setor produtivo é visto como um inimigo a ser taxado, não como um parceiro a ser incentivado.
- Hostilidade ao Capital Externo: A retórica do governo Lula contra o Ocidente e seu alinhamento com ditaduras e regimes autoritários criam um ambiente de desconfiança. O capital, especialmente o produtivo, busca estabilidade e alianças com democracias de mercado, não com regimes párias.
O resultado, como mostram os relatórios do setor externo do Banco Central do Brasil, é uma queda acentuada nos ingressos de IED. Gigantes globais estão engavetando projetos, vendendo operações e redirecionando seus recursos para países com um mínimo de previsibilidade e respeito à propriedade.
A fuga do investimento produtivo é a mais dura das sentenças contra o modelo econômico e político vigente. Ela não pode ser maquiada com a entrada de capital especulativo. Sem o investimento que gera empregos e inovação, o país está condenado à estagnação. O Brasil está se tornando um lugar onde é ótimo emprestar dinheiro para o governo, mas péssimo para construir qualquer outra coisa. E essa é a receita para o desastre.