A Opção por Pequim: EUA cancelam exercícios militares com o Brasil, e a escolha ideológica de Lula cobra seu preço – Noticiário 24H
A já deteriorada relação entre o Brasil e os Estados Unidos sofreu seu mais duro golpe no campo da defesa. O governo americano cancelou a Conferência Espacial das Américas, um evento de cooperação estratégica que seria realizado em Brasília com a Força Aérea Brasileira (FAB), e sinalizou que pode se retirar da Operação Formosa, o principal exercício anual da Marinha. A decisão não é um fato isolado, mas a consequência direta e inevitável da escolha feita pelo governo Lula: a de se alinhar a adversários geopolíticos como a China e a Rússia, em detrimento de sua aliança histórica com o Ocidente.
O cancelamento, comunicado pelo Comando Sul dos EUA, é a resposta pragmática de Washington a um governo que tem, de forma consistente, agido contra seus interesses. Enquanto diplomatas brasileiros discursam sobre “multilateralismo” e “não-alinhamento”, as ações contam outra história. O Brasil, sob a gestão petista, abriu seus portos para navios de guerra iranianos, intensificou a cooperação militar com a China e se recusou a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia. Esperar que os Estados Unidos continuassem a compartilhar tecnologia e a realizar exercícios militares conjuntos como se nada estivesse acontecendo é de uma ingenuidade atroz.
A situação se torna ainda mais emblemática quando se observa a ausência de militares chineses nesses exercícios cancelados. A cooperação militar entre Brasil e China tem crescido em outras frentes, mas a exclusão de Pequim de eventos com os EUA, e o subsequente cancelamento por parte de Washington, expõe a encruzilhada em que o Brasil se colocou. Ao tentar jogar em dois tabuleiros, o governo Lula está sendo forçado a encarar a realidade de que, na geopolítica, não existe neutralidade.
Para as Forças Armadas brasileiras, a perda é imensa. A cooperação com os EUA representa acesso a doutrinas, tecnologias e treinamentos de ponta, essenciais para a modernização da defesa nacional. A aproximação com a China, embora possa trazer alguns benefícios, não substitui a interoperabilidade e o nível de sofisticação da aliança com as potências ocidentais.
O governo Lula, em sua busca por um protagonismo no “Sul Global” e por uma política externa ideológica, está sacrificando os interesses estratégicos e a segurança do Brasil. O cancelamento dos exercícios militares não é uma retaliação, é uma consequência. É o preço a se pagar por uma política externa que escolheu seus amigos do outro lado do espectro geopolítico. O recado de Washington é claro: se o Brasil prefere se alinhar com a China, que treine com a China.