A Gincana da Pauta Positiva: Lula relança ‘Vale Gás’ em tentativa desesperada de ofuscar a crise – Noticiário 24H
Pressionado por uma popularidade em queda, isolado diplomaticamente e sem respostas para a estagnação econômica, o governo Lula recorreu à mais antiga e previsível das manobras políticas: a criação de uma “pauta positiva”. Em uma reunião ministerial convocada às pressas, o presidente anunciou o relançamento de um programa de distribuição de gás, uma tentativa de gerar manchetes favoráveis e de criar uma cortina de fumaça para a avalanche de más notícias que assola o Planalto.
A iniciativa, que busca subsidiar o botijão de gás para famílias de baixa renda, é a mais pura essência do populismo. Em vez de atacar as causas reais do alto custo dos combustíveis no Brasil — a carga tributária esmagadora, o monopólio da Petrobras e a inflação gerada pelo descontrole dos gastos públicos , o governo opta pelo caminho mais fácil e midiático: o da distribuição de esmolas com o dinheiro do contribuinte.
O que assistimos não é a formulação de uma política pública séria, mas um ato de marketing desesperado. O “novo” programa é uma repaginação de velhas ideias, um paliativo que não resolve o problema estrutural e que serve apenas para criar a ilusão de que o governo está “fazendo alguma coisa”. É a lógica do Estado que primeiro empobrece o cidadão com impostos e inflação, e depois lhe oferece uma migalha de volta, esperando ser aplaudido pela “generosidade”.
A reunião de ministros para discutir o tema é parte do espetáculo. Transmite uma falsa sensação de urgência e de trabalho, quando, na verdade, as soluções reais para baratear o custo de vida no Brasil são conhecidas por todos e sistematicamente ignoradas por esta gestão: corte de gastos, privatizações e uma reforma tributária que reduza, e não aumente, a carga sobre o setor produtivo e o consumidor.
A busca por uma “pauta positiva” é a confissão de que a agenda real é negativa. Enquanto o governo gasta tempo e recursos para anunciar um programa de subsídios que apenas aprofunda a dependência do cidadão em relação ao Estado, a economia real continua a sofrer com a falta de um plano de crescimento, com a insegurança jurídica e com o isolamento diplomático que nos custa empregos e oportunidades.
O “vale gás” pode até gerar algumas fotos e manchetes favoráveis no curto prazo, mas não muda a realidade. É mais um analgésico para tratar o sintoma de uma doença que o próprio governo se recusa a curar.