A Torre de Marfim em Festa: Barroso é tietado em show de Caetano e celebra a bolha em que vive o Judiciário – Noticiário 24H

Enquanto o Brasil real enfrenta as consequências de um país economicamente estagnado e juridicamente instável, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi visto desfrutando de uma noite de celebração e tietagem em um show de Caetano Veloso, em Brasília. A imagem de um dos homens mais poderosos da República sendo aplaudido e festejado pela elite cultural e política da capital não é apenas uma nota de rodapé social; é o retrato acabado de uma casta que vive em uma realidade paralela, completamente isolada da população que governa com suas canetadas.

A presença de Barroso em um evento como este, sendo recebido como um popstar, não é um ato privado, mas um ato político. Ela expõe a perigosa fusão entre o poder Judiciário e a bolha progressista que o aplaude. Caetano Veloso, um artista historicamente alinhado à esquerda e ao atual governo, torna-se o anfitrião de uma celebração mútua, onde a elite jurídica e a elite cultural se afagam e validam umas às outras, longe dos olhos e do escrutínio do cidadão comum.

O que essa cena revela é a morte da imparcialidade, ou ao menos da aparência dela, que deveria ser a virtude cardeal de qualquer juiz. Um magistrado da mais alta corte, que julga casos que definem o futuro político e econômico do país, não deveria buscar ou aceitar o aplauso de uma facção. A imagem de Barroso sendo tietado por aqueles que se beneficiam ou concordam com suas decisões é a materialização do conceito de “juiz-ativista”, aquele que não se contenta em aplicar a lei, mas busca a aprovação e o reconhecimento de seu próprio meio.

Enquanto a grande mídia noticia o evento como um momento de “descontração” do ministro, a leitura crítica mostra algo muito mais sombrio. Mostra um Judiciário que não sente mais a necessidade de manter a liturgia e a distância necessárias para o exercício de seu poder. Mostra um ministro que se sente confortável em ser celebrado como um herói por um dos lados da trincheira ideológica que divide o Brasil.

A festa em Brasília, com a trilha sonora de Caetano, não foi apenas um show. Foi a celebração de uma elite que se julga dona do país e que não vê mais problema em festejar sua própria superioridade moral em público. Para o resto do Brasil, que assiste a tudo de longe, resta a certeza de que a justiça, no topo da pirâmide, virou um evento para convidados.