A Caçada Internacional: STF expõe Carla Zambelli em lista da Interpol, e deputada trava batalha legal na Itália – Noticiário 24H

A perseguição política a opositores no Brasil atingiu um novo patamar, agora com o uso de ferramentas de cooperação internacional destinadas a criminosos de alta periculosidade. A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma, agora figura oficialmente na lista de difusão vermelha da Interpol, tendo sua imagem e dados expostos ao lado de terroristas e traficantes internacionais.

A inclusão da parlamentar na lista de procurados, um fato de extrema gravidade, foi comunicada pelo Ministério da Justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF) e serve como uma poderosa arma de propaganda para solidificar a narrativa de que uma dissidente política é uma criminosa comum. Zambelli buscou refúgio na Itália após ser condenada pelo STF em um controverso processo sobre um ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Enquanto o aparato estatal brasileiro se move para humilhá-la publicamente, a primeira batalha legal em solo europeu foi travada. Nesta sexta-feira (1º), um tribunal em Roma determinou que a deputada aguardará em regime fechado, na penitenciária de Rebibbia, a análise do pedido de extradição. A decisão dá início a um longo processo que pode durar até dois anos e que representa, para a defesa e seus apoiadores, a única chance de um julgamento isento das pressões políticas de Brasília.

A Justiça italiana terá a tarefa de analisar não apenas os fatos, mas o contexto em que a condenação ocorreu. O processo de extradição, que passará por duas instâncias judiciais e terá a palavra final do Ministro da Justiça da Itália, inevitavelmente terá que ponderar os argumentos de que se trata de um crime de natureza política — uma barreira comum para pedidos de extradição entre nações democráticas.

Em Brasília, o processo para cassar o mandato de Zambelli na Câmara dos Deputados deve ser acelerado, completando o ciclo de aniquilação política iniciado no Judiciário. O caso de Carla Zambelli, portanto, deixou de ser uma questão interna. Tornou-se um teste para a credibilidade das instituições brasileiras no exterior e um símbolo da luta contra o avanço do ativismo judicial que, segundo críticos, tem corroído o Estado de Direito no Brasil.