A Amazônia como Pretexto: Lula usa cúpula na Colômbia para defender a Venezuela e confrontar os EUA – Noticiário 24H

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Colômbia para a cúpula de países amazônicos é vendida ao público como um esforço de cooperação ambiental. A pauta oficial fala em “desenvolvimento sustentável” e “proteção da floresta”. No entanto, o verdadeiro e principal objetivo da reunião, escondido sob o verniz da ecologia, é outro: a criação de um bloco político para confrontar os Estados Unidos e defender a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela.

A prova mais contundente desta agenda paralela é a inclusão de um tema que nada tem a ver com a floresta: a presença de navios militares americanos na costa da Venezuela. A discussão, inserida a pedido dos governos de esquerda da região, transforma o que deveria ser um debate técnico sobre o bioma em um palanque para a retórica anti-imperialista.

O que assistimos é a mais pura instrumentalização de uma pauta nobre para fins ideológicos. A Amazônia, com sua importância global, torna-se o pretexto perfeito para que líderes alinhados ao Foro de São Paulo se reúnam, não para salvar as árvores, mas para salvar um de seus aliados políticos, o regime de Maduro.

Essa manobra expõe a inversão de prioridades da diplomacia do governo Lula. Em vez de focar na atração de investimentos e na construção de alianças pragmáticas para resolver os problemas reais do Brasil como a crise econômica e a segurança, o Planalto prefere gastar seu capital político em uma cruzada contra a influência americana na região.

Ao levar a discussão sobre os navios americanos para uma cúpula amazônica, o Brasil e seus aliados buscam:

  1. Legitimar a Ditadura Venezuelana: Tratar a presença militar americana como uma “ameaça” à Venezuela é uma forma de validar a narrativa do regime de Maduro de que ele é uma vítima do “imperialismo”, e não o algoz de seu próprio povo.
  2. Criar uma Crise Artificial com os EUA: Em um momento em que as relações com Washington já estão no seu ponto mais baixo, com sanções e um “tarifaço” em vigor, a decisão de confrontar os EUA em nome de Maduro é uma escalada deliberada e irresponsável.
  3. Desviar o Foco do Fracasso Interno: Incapaz de apresentar resultados concretos na economia ou na segurança, o governo busca criar uma crise externa para mobilizar sua base e desviar a atenção dos problemas domésticos.

A cúpula na Colômbia, portanto, não é sobre a Amazônia. É sobre a defesa de um projeto de poder continental que vê nos Estados Unidos um inimigo e em ditaduras como a da Venezuela, um parceiro a ser protegido. A floresta, mais uma vez, é usada como um mero cenário para o teatro da política ideológica.