A Contabilidade do Poder: PF vaza relatório sobre Eduardo Bolsonaro e a criminalização da riqueza da oposição – Noticiário 24H

A máquina de perseguição do Estado brasileiro, em seu mais recente e previsível movimento, mirou suas lentes para o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Um relatório da Polícia Federal, convenientemente vazado para a imprensa aliada, aponta que o parlamentar teria recebido R$ 4,16 milhões em suas contas ao longo de dois anos. A notícia, estampada com ares de escândalo, é a mais nova peça na engrenagem de “lawfare” que busca não a justiça, mas a aniquilação política e moral de qualquer voz relevante da oposição.

O que a manchete vende como uma “descoberta” da PF é, na verdade, a mais pura criminalização da vida privada. Em um país onde a asfixia tributária e a burocracia tornam a prosperidade quase impossível, a mera movimentação de recursos por um adversário político é transformada, pela magia da propaganda, em um ato suspeito. A questão fundamental, que a imprensa cúmplice se recusa a fazer, é: qual é o crime? Receber dinheiro, por si só, não é ilegal. A legalidade de qualquer transação reside em sua origem e em sua devida declaração à Receita Federal fatos que o vazamento seletivo faz questão de omitir, pois não interessam à narrativa.

O que estamos testemunhando não é uma investigação, é um assassinato de reputação por dossiê. O método é o mesmo de sempre: o aparato estatal, que deveria servir à lei, é usado para vasculhar a vida de um inimigo do regime. Os dados, sigilosos por lei, são então vazados para a imprensa, que cumpre seu papel de transformar a informação em condenação sumária no tribunal da opinião pública, atropelando o devido processo legal e o direito à presunção de inocência.

A operação é uma cortina de fumaça duplamente eficaz. Primeiro, ela cria um escândalo para desviar a atenção dos fracassos retumbantes do governo na economia e na segurança. Segundo, e mais importante, ela serve como um aviso mafioso para todo o setor produtivo e para qualquer cidadão que ouse apoiar financeiramente a oposição: “Nós estamos de olho nas suas contas. O seu dinheiro pode ser o próximo a virar manchete”.

Este episódio não é sobre Eduardo Bolsonaro. É sobre a consolidação de um Estado policialesco, onde a vida financeira de um cidadão pode ser devassada e exposta como arma de intimidação. É a prova de que, no Brasil de hoje, o maior crime de um opositor não é violar a lei, mas ousar ter sucesso financeiro.