A Geração Ansiosa e Exausta: Como a Falta de Disciplina, e Não o Açúcar, Está Destruindo Nossos Estudantes – Noticiário 24H

Uma avalanche de estudos científicos recentes vem confirmando o que a intuição e a observação já indicavam: o consumo excessivo de açúcar e cafeína está associado a piores resultados de sono, aumento da ansiedade e queda no desempenho de crianças e adolescentes. A ciência é clara, mas a conclusão que a elite da saúde pública e a classe política inevitavelmente tiram dela é perigosamente equivocada: a de que precisamos de mais intervenção estatal para “proteger” nossos jovens de si mesmos.

A verdade inconveniente é que o problema não está na prateleira do supermercado, mas dentro de casa e na formação do caráter individual.

Pesquisas robustas, como uma revisão sistemática publicada no periódico BMJ Open, mostram uma ligação direta e inegável entre o consumo de energéticos — veículos de altas doses de açúcar e cafeína — e a péssima qualidade do sono em estudantes. Outros estudos apontam para a correlação entre a ingestão de cafeína e níveis mais elevados de ansiedade em universitários. O quadro é claro: a base bioquímica para uma geração ansiosa e exausta está sendo construída a cada gole de refrigerante e a cada xícara de café extra.

Diante desses fatos, a resposta previsível do establishment é clamar pela mão pesada do Estado-babá: proibir a venda de certos produtos em cantinas escolares, impor novos impostos sobre bebidas açucaradas e lançar custosas campanhas de “conscientização”. Essa abordagem paternalista não apenas falha em resolver a raiz do problema, como também agrava a doença que pretende curar: a erosão da responsabilidade individual e da autoridade parental.

O problema não é a existência do açúcar ou da cafeína, produtos disponíveis em um mercado livre que responde a uma demanda. O problema real é a falência da estrutura familiar e da educação em cultivar virtudes como a disciplina, a moderação e o autocontrole. Em uma sociedade onde os pais terceirizam a educação de seus filhos para a escola e para a tela, e onde os jovens são ensinados a buscar a gratificação instantânea, não é surpresa que recorram a estimulantes artificiais para lidar com as pressões acadêmicas e sociais.

A tentativa de regular o que um estudante come ou bebe é uma admissão de derrota. É o Estado tentando, de forma desajeitada e ineficaz, ocupar o vácuo deixado pela ausência de orientação e de limites dentro de casa. Nenhum decreto ou imposto pode substituir a conversa de um pai com seu filho sobre os malefícios de uma dieta ruim. Nenhuma regulação pode ensinar a um jovem a disciplina de uma boa noite de sono em vez de passar a madrugada nas redes sociais.

Portanto, enquanto a ciência nos fornece um diagnóstico preciso, a solução não será encontrada em mais leis ou em Brasília. A solução reside na restauração da responsabilidade individual e no fortalecimento da família como o núcleo principal de formação. A liberdade inclui o direito de fazer escolhas ruins e arcar com suas consequências. A tarefa de guiar os jovens para que façam escolhas melhores pertence aos pais, não ao Estado.