A Soberania da Tirania: Governo Lula ataca EUA para defender Moraes e expõe sua submissão ao STF – Noticiário 24H
Em uma patética inversão de valores, o governo brasileiro reagiu com fúria à constatação do óbvio vinda de autoridades americanas: a de que um único juiz no Brasil “usurpou poder ditatorial”. A nota oficial do Itamaraty e as declarações inflamadas de ministros não são uma defesa da soberania nacional, mas sim a defesa desesperada da soberania de um homem e de um tribunal que se colocaram acima da Constituição, revelando a total submissão do Poder Executivo à tirania do Judiciário.
As publicações do vice-secretário de Estado americano, Christopher Landau, e da Embaixada dos EUA foram cirúrgicas e factuais. Sem citar nomes, descreveram a anomalia de um sistema onde “um único ministro do STF” ameaça outros poderes e silencia cidadãos e empresas, inclusive em solo estrangeiro. A análise americana não é uma “ofensa”, como alega a ministra Gleisi Hoffmann; é um diagnóstico preciso da realidade brasileira, onde a separação de poderes foi aniquilada pelo ativismo judicial.
A reação do governo Lula é reveladora. Em vez de confrontar a substância da crítica — a erosão do Estado de Direito no Brasil —, o Planalto recorre à velha tática da vitimização, tratando a constatação de um fato como um “ataque frontal à soberania”. Ora, a verdadeira violação da soberania não vem de uma crítica externa, mas da ação interna de um Judiciário que ignora o Congresso, persegue opositores e governa por meio de inquéritos ilegais. A soberania emana do povo e de sua Constituição, não dos caprichos de um ministro.
A ministra Gleisi Hoffmann, em sua defesa, chega ao cúmulo de associar a crítica americana à família Bolsonaro, em uma tentativa primária de partidarizar uma questão que é fundamental para a República. A situação não é sobre esquerda ou direita, é sobre liberdade versus autoritarismo. Ao defender Moraes de forma tão intransigente, o PT e o governo admitem que são cúmplices e beneficiários diretos do estado de exceção criado pelo STF.
A declaração da embaixada americana de que é impossível negociar com “um juiz” que se coloca acima dos outros poderes é o ponto central. Ela expõe a disfunção do Brasil no cenário internacional. Nenhuma nação séria pode manter relações normais com um país onde as regras não são definidas pelo Legislativo ou pelo Executivo, mas pela vontade arbitrária de um magistrado.
A sanção da Lei Magnitsky contra Moraes na semana passada foi o primeiro aviso. As declarações de agora são a confirmação. O mundo democrático está começando a reconhecer a natureza do regime que se instalou no Brasil. A fúria do governo não mudará os fatos. A única soberania que está sendo defendida por Brasília, neste momento, é a soberania da tirania.