Alckmin Fala em “Conversar” Enquanto EUA Mantêm Tarifaço Governo Lula Mais Uma Vez Evita Enfrentar a Situação – Noticiário 24H

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, protagonizou mais um capítulo da diplomacia de “voz mansa” do governo Lula nesta quarta-feira (7), ao se reunir com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

O encontro ocorre em meio à crise gerada pelo tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros — e, mais uma vez, o discurso oficial foi o de “sentar, conversar e resolver”. Em vez de uma postura firme, o governo segue apostando no diálogo sem prazos e sem garantias, enquanto a indústria nacional aguarda medidas concretas.

Segundo Alckmin, “o problema pode estar em barreiras não tarifárias”, citando interesses americanos em minerais estratégicos e reclamações sobre a regulação brasileira de big techs. Na prática, o recado foi claro: se Washington quer algo, Brasília está disposta a negociar — mesmo diante de medidas unilaterais que prejudicam diretamente o setor produtivo brasileiro.

“Se tem problema não tarifário, vamos sentar, conversar e resolver. Nós não criamos, mas vamos trabalhar para resolver”, disse o vice-presidente, em tom mais conciliador do que combativo.

Enquanto isso, Trump comemora publicamente o início do tarifaço e faz novas ameaças, sem qualquer recuo.

Plano de contingência… ainda no papel

Alckmin afirmou que o “plano de contingência” para minimizar os impactos das tarifas já foi apresentado a Lula, mas depende da aprovação do presidente. O anúncio, segundo ele, só deve acontecer “amanhã, ou na segunda ou terça-feira” — mais um indicativo de que a resposta brasileira à crise segue em ritmo lento.

O plano, segundo o ministro, priorizará empresas com maior volume de exportações para os EUA. Porém, sem clareza sobre quais setores receberão apoio e quais medidas serão adotadas, o anúncio soa mais como tentativa de acalmar o mercado do que uma solução real.

Enquanto a Casa Branca impõe tarifas pesadas de forma imediata, o Palácio do Planalto continua entre reuniões, promessas e discursos sobre “construir entendimento”. Na prática, o Brasil assiste de braços cruzados à escalada das barreiras comerciais.