De Gatos a Crocodilos: 7 animais que eram considerados sagrados no Antigo Egito – Noticiário 24H
No Antigo Egito, a relação entre homens e animais transcendia a simples convivência. Muitas criaturas eram vistas não apenas como parte da natureza, mas como manifestações terrenas dos próprios deuses, símbolos de poder, proteção e da ordem cósmica. A adoração a esses animais era uma parte central da vida e da religião egípcia.
Conheça sete dos animais mais sagrados que eram reverenciados às margens do Nilo.
1. O Gato (Associado a Bastet) Talvez o mais famoso dos animais sagrados, o gato era a personificação da deusa Bastet, protetora do lar, da fertilidade e defensora contra o mal. Matar um gato, mesmo que acidentalmente, era um crime punível com a morte. Famílias inteiras raspavam as sobrancelhas em sinal de luto quando o gato da casa morria, e milhares de felinos foram mumificados e enterrados em cemitérios sagrados.
2. O Escaravelho (Associado a Khepri) O humilde besouro rola-bosta era um dos símbolos mais poderosos da mitologia egípcia. Ao empurrar uma bola de esterco, ele era visto como a representação do deus Khepri, que “rolava” o sol pelo céu a cada dia. O escaravelho se tornou o símbolo máximo do renascimento, da ressurreição e do ciclo eterno da vida. Amuletos em sua forma eram extremamente comuns.
3. O Falcão (Associado a Hórus e Rá) Com seu voo majestoso e sua visão aguçada, o falcão era o símbolo do céu e da realeza divina. Estava associado a dois dos deuses mais importantes: Hórus, o deus do céu e protetor dos faraós, e Rá, o deus-sol. Muitos faraós eram considerados a encarnação de Hórus na Terra, o que tornava a ave um ícone do poder faraônico.
4. A Íbis (Associado a Thoth) A elegante íbis, com seu bico curvo que se assemelha a uma caneta de escrita, era a representação de Thoth, o deus da sabedoria, do conhecimento, da escrita e da magia. Thoth era o escriba dos deuses, e a íbis era reverenciada em centros de aprendizado e templos, como o de Hermópolis.
5. O Crocodilo (Associado a Sobek) Temido e reverenciado em igual medida, o crocodilo do Nilo era a encarnação do deus Sobek. Símbolo do poder militar, da fertilidade e da força bruta do faraó, Sobek era um deus protetor, mas também imprevisível, assim como o rio que habitava. Em templos dedicados a ele, crocodilos vivos eram mantidos em tanques sagrados, mumificados após a morte.
6. O Chacal (Associado a Anúbis) Com seu hábito de rondar cemitérios nas bordas do deserto, o chacal foi naturalmente associado ao mundo dos mortos. Ele se tornou o símbolo de Anúbis, o deus da mumificação e o guia das almas no além-vida. Anúbis era o protetor dos túmulos e o juiz que pesava o coração dos mortos na balança da justiça.
7. O Touro (Associado a Ápis) O gado, em geral, era um símbolo de fertilidade e poder, mas o Touro Ápis ocupava um lugar especial. Acreditava-se que um touro específico, escolhido por sacerdotes com base em marcas sagradas, era a encarnação viva do deus Ptah. Este touro vivia em luxo no templo, e sua morte era motivo de luto nacional, seguida por um elaborado processo de mumificação e pelo início da busca por seu sucessor.