Diabetes no Brasil: 20 milhões de pessoas convivem com a doença que mais cresce no país – Noticiário 24H
Mais de 20 milhões de brasileiros convivem atualmente com diabetes, uma condição que pode ser silenciosa, mas tem consequências severas quando não controlada. A doença é caracterizada pela presença de níveis elevados de glicose no sangue e está dividida principalmente em dois tipos:
- Diabetes tipo 1: doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis por produzir insulina.
- Diabetes tipo 2: mais comum, está ligada ao sedentarismo, obesidade e colesterol/triglicerídeos altos, sendo cada vez mais comum em faixas etárias mais jovens.
Apesar de assustar, especialmente ao se considerar que o diabetes é a principal causa de cegueira no mundo, além de estar entre os maiores responsáveis por amputações não traumáticas e insuficiência renal, a realidade é que o acesso a tecnologias e tratamentos avançados tem melhorado a vida de quem convive com a condição.
Tecnologia a favor do paciente
A boa notícia é que hoje existem recursos como:
- Aplicativos que monitoram a glicemia em tempo real;
- Sensores de glicose sem a necessidade de furar o dedo;
- Bombas de insulina inteligentes;
- Educação digital para pacientes e familiares.
Essas ferramentas têm transformado o cotidiano de milhões de pessoas, como o jornalista Tom Bueno, criador do projeto “Um Diabético”, que convive com o tipo 1 da doença há mais de 20 anos. Ele compartilha sua rotina e decisões diárias sobre alimentação, atividades físicas, medicações e autocuidado.
Diagnóstico e tratamento: o papel do conhecimento
A endocrinologista Solange Travassos, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, reforça que o conhecimento é o melhor aliado no combate à doença:
“É possível viver bem com diabetes, desde que o paciente esteja bem orientado e monitorado. Cada pessoa responde de uma forma ao tratamento, e é fundamental individualizar o cuidado.”
A médica destaca que o controle da glicemia, uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos são fundamentais. Além disso, alerta para a importância do diagnóstico precoce, já que muitos brasileiros descobrem a doença apenas após um agravamento das complicações.