Fiocruz firma parceria com EMS para fabricar “Ozempic brasileiro” e ampliar acesso – Noticiário 24H
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) anunciou uma parceria estratégica com a farmacêutica EMS para produzir, no Brasil, as canetas injetáveis Olire (obesidade) e Lirux (diabetes tipo 2) — análogos nacionais ao famoso Ozempic. Essa iniciativa promete reduzir custos, impulsionar a indústria local e garantir maior autonomia nacional na produção desses medicamentos.
Inicialmente, a produção acontecerá na fábrica da EMS em Hortolândia (SP), mas o projeto prevê a transferência integral de tecnologia para a Farmanguinhos da Fiocruz no Rio de Janeiro.
Redução de preço e mercado interno
As canetas Olire e Lirux serão lançadas em agosto de 2025, com preços estimados entre 10% e 20% menores em comparação a marcas estrangeiras como Saxenda, Victoza e Ozempic.
A EMS planeja criar inicialmente 200 mil unidades ainda em 2025, com expectativa de chegar a 500 mil unidades entre 2025 e 2026.
Inovação e soberania na indústria farmacêutica
Os medicamentos Olire e Lirux utilizam tecnologia de síntese de alto rendimento (UltraPurePep), desenvolvida no Brasil, reforçando o protagonismo nacional em produtos de alta complexidade.
Além disso, a parceria marca o primeiro esforço da Fiocruz em fabricar medicamentos injetáveis, ampliando seu escopo produtivo e fortalecendo o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.
Crítica libertária: menos dependência, mais liberdade
Essa colaboração entre órgão público e indústria representa um passo decisivo rumo à autonomização do Brasil em medicamentos essenciais. Reduzir dependência de importações, evitar o salto cambial e combater monopólios estrangeiros não é apenas uma questão de preço é questão de liberdade sanitária. O Estado, atuando em parceria com a iniciativa privada, prova que pode ser agente de inovação e não apenas um regulador estático.