Governo Lula prevê novas sanções dos EUA ao STF e considera ‘ilusão’ Trump recuar no tarifaço – Noticiário 24H

O governo Lula já reconhece nos bastidores que novas sanções dos Estados Unidos contra ministros do Supremo Tribunal Federal são praticamente inevitáveis. As medidas, que devem ser anunciadas em breve, fazem parte de uma ofensiva de parlamentares e autoridades americanas que acusam o STF de abuso de poder e violação de liberdades fundamentais no Brasil denúncias que ganharam força após investigações e bloqueios de contas de opositores políticos nas redes sociais.

A Casa Branca de Donald Trump não sinaliza qualquer disposição para rever o tarifaço que impôs a produtos brasileiros. Pelo contrário, assessores próximos ao presidente norte-americano afirmam que o aumento das tarifas é estratégico para proteger a indústria americana e punir países que, segundo Trump, “adotam políticas que prejudicam a competitividade dos Estados Unidos”.

Enquanto isso, Lula mantém a retórica de que “o diálogo” é a saída, mas segue evitando discutir publicamente os motivos das críticas internacionais ao Judiciário brasileiro. Nos corredores do Planalto, a percepção é que o governo tenta transformar um problema de credibilidade interna alimentado por decisões questionadas do STF em um discurso contra “ingerências externas”, desviando o foco das causas reais da crise.

O impacto econômico do tarifaço será pesado. Setores como aço, alumínio, papel e celulose, além de produtos agrícolas processados, já calculam prejuízos milionários com a perda de competitividade no mercado americano. Ainda assim, o governo insiste em minimizar o problema e aposta em um plano de contingência que não tem garantias de compensar as perdas.

Críticos apontam que Lula demonstra fraqueza ao não reagir com firmeza às medidas americanas e ao mesmo tempo proteger aliados políticos dentro do Supremo, mesmo diante de denúncias sérias. Para analistas independentes, o Brasil vive um duplo desgaste: econômico, com a perda de mercados, e institucional, com a imagem democrática arranhada no cenário internacional.