Londres Sitiada: Polícia prende centenas em “ato pró-Palestina” que ignora o sofrimento do próprio povo palestino – Noticiário 24H

Mais uma vez, as ruas de Londres se tornaram palco de um espetáculo grotesco de autoindulgência moral travestido de ativismo. Sob a bandeira de um vago “pró-Palestina”, centenas de indivíduos foram detidos pela polícia por condutas que variam desde a desordem pública até, em muitos casos, o apoio explícito a uma organização terrorista como o Hamas. O que se vê não é uma genuína preocupação com o bem-estar do povo palestino, mas sim uma demonstração de alinhamento ideológico com um grupo que oprime e usa sua própria população como escudo humano.

A narrativa que emana desses protestos ignora convenientemente a complexa realidade do conflito israel-palestino. Em vez de clamar por paz duradoura, pelo fim da violência de ambos os lados e pela melhoria das condições de vida dos palestinos sob o jugo do Hamas, os manifestantes preferem brandir cartazes que demonizam Israel e, implicitamente ou explicitamente, endossam as ações de um grupo que é reconhecido como terrorista por diversas nações, incluindo o Reino Unido.

É estarrecedor observar como uma parcela da esquerda ocidental se encanta com movimentos fundamentalistas e autoritários, desde que eles se encaixem em sua visão de mundo simplista de “opressor” e “oprimido”. O Hamas, com sua ideologia extremista e seu histórico de ataques terroristas contra civis israelenses, é apresentado como vítima, enquanto o sofrimento genuíno da população palestina, muitas vezes causada pela própria brutalidade do Hamas, é relegado a segundo plano.

O que explica essa adesão seletiva? Em parte, uma visão de mundo pós-colonial que enxerga qualquer conflito no Oriente Médio através das lentes do imperialismo ocidental, ignorando as dinâmicas internas e as responsabilidades de cada ator. Em parte, uma busca por causas “nobres” que permitam aos ativistas ocidentais sentir-se moralmente superiores, mesmo que isso signifique apoiar regimes e organizações que desprezam os valores democráticos e os direitos humanos.

A polícia de Londres, ao deter centenas de manifestantes, cumpre seu papel de manter a ordem pública. No entanto, a questão mais profunda permanece: por que tantos indivíduos em países livres e democráticos se sentem compelidos a defender uma organização que promove a violência e a destruição, em vez de se solidarizarem com as verdadeiras vítimas do conflito, incluindo o próprio povo palestino que sofre sob o domínio do Hamas?

A resposta reside em uma combinação perversa de ignorância, ideologia e uma profunda desconexão com a complexidade do mundo real. Os “atos pró-Palestina” que vemos em Londres e em outras cidades ocidentais muitas vezes são, na verdade, atos de apoio a uma agenda extremista que não serve aos interesses da paz e muito menos aos do povo palestino.