Música sem Mãos? IA Cria Canções para Lojas e Acende Alerta no Mundo da Música – Noticiário 24H
Uma nova onda sonora está chegando aos estabelecimentos comerciais, e ela não vem de artistas tradicionais. Músicas geradas por inteligência artificial (IA) começam a ser utilizadas em lojas como trilha sonora ambiente, levantando um intenso debate entre músicos, compositores e associações ligadas à indústria musical. A novidade, que promete reduzir custos para os comerciantes, acende um alerta sobre direitos autorais, remuneração e o futuro da criação musical humana.
A tecnologia por trás dessas músicas permite que algoritmos aprendam padrões musicais de diversos gêneros e criem novas composições de forma autônoma. Empresas especializadas oferecem pacotes de músicas geradas por IA, que podem ser reproduzidas em espaços comerciais sem a necessidade de licenças tradicionais de execução pública, como as cobradas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) no Brasil.
O Debate em Foco:
Do lado dos comerciantes: A principal vantagem da música gerada por IA é a economia. As taxas de licenciamento de músicas de artistas reconhecidos podem ser um custo significativo para lojas, restaurantes e outros estabelecimentos. A IA oferece uma alternativa mais barata e livre de burocracia.
Do lado dos artistas e associações: A preocupação central é com a desvalorização do trabalho musical humano. Artistas e compositores temem que a proliferação de músicas geradas por IA possa reduzir as oportunidades de trabalho e diminuir a arrecadação de direitos autorais, que é uma importante fonte de renda para a classe artística.
“A música é uma expressão da alma humana, e a IA pode até imitar estruturas, mas não a emoção e a experiência vivida que um artista coloca em sua obra”, afirma [inserir aspas de algum representante de associação de músicos ou artista, caso haja notícias recentes sobre o tema no Brasil].
Outro ponto de debate crucial é a questão dos direitos autorais. Quem detém os direitos sobre uma música criada por um algoritmo? A empresa que desenvolveu a IA? O usuário que a utiliza? Ou não há direitos autorais envolvidos, por não haver criação humana direta? Essa é uma área cinzenta da lei que precisa ser urgentemente debatida e regulamentada.
No Brasil, o ECAD já se manifestou sobre o tema, demonstrando preocupação com o impacto potencial da música gerada por IA na arrecadação e distribuição de direitos autorais. Associações de músicos também estão se mobilizando para entender as implicações dessa nova tecnologia e buscar formas de proteger os direitos dos artistas.
A tendência da utilização de músicas geradas por IA em espaços comerciais parece ser crescente, impulsionada pela busca por redução de custos. No entanto, o debate sobre seus impactos no mundo da música está apenas começando e promete trazer importantes discussões sobre o futuro da criação artística e a valorização do trabalho humano na era da inteligência artificial.