O Custo Real da Diplomacia Fracassada: ‘Tarifaço’ de Trump paralisa madeireira em SC e coloca 500 em férias coletivas – Noticiário 24H

A consequência da desastrosa política externa do governo brasileiro chegou, e ela tem um endereço e um número: Ipumirim, Santa Catarina, onde quase 500 trabalhadores do Grupo Ipumirim foram mandados para casa. A empresa, com 60 anos de história e forte perfil exportador, anunciou férias coletivas forçadas, em uma decisão drástica e inédita fora do período tradicional. A causa é a iminente sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros, que tornou o negócio com os EUA, seu principal mercado, simplesmente inviável.

O caso do Grupo Ipumirim, que exporta 95% de sua produção de molduras para os Estados Unidos, é a materialização do fracasso da estratégia diplomática do governo Lula. Enquanto o Palácio do Planalto se ocupava com retóricas anti-americanas e hesitações sobre dar um telefonema, a economia real começou a ruir. A decisão da empresa catarinense não é um caso isolado, mas sim a ponta do iceberg de um colapso que a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) já previa.

Esta não é uma crise gerada pelo mercado, mas uma crise criada e importada diretamente pela incompetência do Estado em conduzir relações internacionais pragmáticas. A paralisação em Ipumirim e as férias coletivas em outras empresas do setor no Paraná, como a Millpar e a Braspine, são o preço que o setor produtivo paga pela postura ideológica de um governo que se mostra incapaz de defender os interesses comerciais do Brasil de forma eficaz.

A diplomacia de um país sério se mede pela sua capacidade de proteger seus cidadãos e suas empresas. No entanto, o que se vê é um governo paralisado pelo medo de ser “desrespeitado”, enquanto centenas de trabalhadores são efetivamente desrespeitados em seu direito mais básico: o de trabalhar para sustentar suas famílias.

O “tarifaço” de Trump pode ser agressivo, mas a inépcia e a falta de uma estratégia coerente por parte do governo brasileiro transformaram uma ameaça em um dano concreto. Os empregos perdidos e as fábricas paradas em Santa Catarina e no Paraná são o custo visível de uma diplomacia que prefere o palco ideológico à mesa de negociação, deixando o setor produtivo abandonado à própria sorte.








Leia a notícia original