O Pão e Circo Olímpico: Lula usa medalha da ginástica para vender uma pátria que seu governo destrói – Noticiário 24H

Em mais um ato do teatro populista que se tornou a marca registrada de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apressou-se em celebrar a medalha inédita conquistada pela equipe brasileira de ginástica rítmica. A postagem nas redes sociais, repleta de ufanismo e de exaltações à “força do Brasil”, é uma tentativa grotesca de se apropriar de um sucesso que não lhe pertence, usando o brilho do pódio como uma cortina de fumaça para a escuridão que seu governo impõe ao país.

A medalha da ginástica rítmica é, de fato, um motivo de orgulho. Mas ela não é um produto do Estado brasileiro; ela é um triunfo apesar do Estado brasileiro. É o resultado de anos de sacrifício sobre-humano de atletas, da dedicação de suas famílias, do investimento de patrocinadores privados e do trabalho de confederações que lutam para sobreviver em um país que trata o esporte de base com desprezo. O governo, que falha em prover o básico — segurança, educação e um ambiente econômico que permita o patrocínio — só aparece na hora da foto, para roubar um pedaço da glória que não ajudou a construir.

A celebração de Lula não é sobre as atletas. É sobre ele mesmo. É o uso do sucesso alheio como uma peça de propaganda, uma “pauta positiva” desesperada para tentar ofuscar a realidade de um Brasil que afunda em uma crise diplomática, que vê seus empregos sendo destruídos pela insegurança jurídica e que assiste a um Judiciário fora de controle.

O que assistimos é à mais antiga e cínica das táticas políticas: o “pão e circo”. Incapaz de entregar um país próspero e livre, o governante se agarra aos feitos dos heróis do esporte para vender uma falsa sensação de unidade e de sucesso nacional. A medalha, na mão do político, deixa de ser um símbolo do mérito individual e se torna um instrumento de alienação em massa.

Enquanto o presidente tuíta sobre a ginástica, os problemas reais do Brasil continuam a ser ignorados. A celebração da medalha não é um ato de patriotismo; é um ato de distração. É a tentativa de fazer o povo olhar para o pódio, enquanto o país inteiro caminha para o abismo.