O Verdadeiro Golpe: Sanção 301 dos EUA é a arma que pode paralisar a economia brasileira, e o alvo é o investimento – Noticiário 24H

Enquanto o governo Lula e a imprensa se concentram no drama do “tarifaço” de 50%, uma ameaça muito mais devastadora e sistêmica está sendo preparada em Washington: a abertura de uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Esta medida, ao contrário de uma simples tarifa, é a arma mais poderosa do arsenal comercial americano e pode resultar em sanções que paralisam a economia brasileira, pois o seu alvo não é o comércio, mas a conta de capital.

A diplomacia brasileira comete um erro primário e perigoso ao confundir as duas coisas. O governo se vangloria da China ser nosso “maior parceiro comercial”, pois eles compram nossas commodities. No entanto, ignora um fato muito mais relevante: o maior investidor, de longe, no Brasil, com o maior estoque de capital produtivo que gera empregos e tecnologia, são os Estados Unidos. O investimento americano aqui é muito maior que o chinês. E é exatamente esse investimento que a Seção 301 ameaça.

A investigação sob a Seção 301, acionada quando os EUA consideram que as políticas de um país são “irracionais”, pode resultar em sanções não-tarifárias devastadoras. Conforme detalhado nos manuais do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), as punições podem incluir:

  • Proibição de investimentos: Empresas americanas poderiam ser proibidas de investir no Brasil, secando a fonte de capital que sustenta grande parte da nossa indústria, infraestrutura e inovação.
  • Restrições ao Mercado de Capitais: O acesso de empresas brasileiras ao mercado de capitais americano, o maior do mundo, poderia ser bloqueado, impedindo a captação de recursos essenciais.
  • Boicote a Produtos e Serviços: A entrada de produtos brasileiros poderia ser simplesmente barrada, e a operação de empresas brasileiras de serviços em solo americano, inviabilizada.

O “tarifaço” de 50% é doloroso, mas afeta o fluxo do comércio. Uma sanção 301 ataca o estoque de capital. Ela cria um ambiente de insegurança jurídica total que não apenas proíbe novos aportes, mas pode forçar a retirada de investimentos já existentes, causando uma fuga de capitais em cascata e jogando o Brasil em uma crise sem precedentes.

A falha da diplomacia brasileira em entender essa distinção é abissal. Ao provocar os Estados Unidos em frentes como a defesa da “desdolarização” para agradar a China (um parceiro comercial), o governo Lula arrisca a relação com seu principal parceiro de capital. É uma aposta suicida, trocando a venda de soja e minério de ferro pela potencial destruição da base de capital que sustenta a economia brasileira.

A investigação sob a Seção 301 é muito pior que a sanção de 50%. Ela é a ferramenta que pode transformar o Brasil, oficialmente, em um pária econômico para o Ocidente. O preço da política externa ideológica de Lula está prestes a chegar, e ele não será medido em sacas de café, mas em bilhões de dólares de investimento evaporado.