Seca Prolongada no Semiárido Nordestino Acende Alerta para Abastecimento e Agricultura Familiar – Noticiário 24H
A persistente falta de chuvas no Semiárido Nordestino tem intensificado a preocupação de autoridades e produtores rurais. Municípios em estados como Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba enfrentam longos períodos de estiagem, impactando o armazenamento de água em açudes e dificultando a produção agrícola familiar, que depende fortemente das precipitações para a irrigação de lavouras de subsistência e a criação de animais.
Dados recentes da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) indicam níveis críticos em diversos reservatórios da região, alguns chegando a volumes inferiores a 10% da capacidade total. A situação exige medidas emergenciais por parte dos governos estaduais e federal, como a distribuição de água por carros-pipa e o apoio financeiro para garantir a segurança alimentar das populações mais vulneráveis.
A escassez hídrica também afeta a economia local, com relatos de perdas significativas nas plantações de feijão, milho e mandioca, culturas essenciais para a segurança alimentar e a geração de renda das famílias rurais. A pecuária também sofre, com a dificuldade de acesso à água e à pastagem para os animais.
Especialistas em clima alertam que a variabilidade natural do clima na região, intensificada pelos efeitos do aquecimento global, pode tornar eventos de seca prolongada mais frequentes e severos. A necessidade de investimentos em infraestrutura hídrica, como a conclusão de obras de transposição de rios e a construção de cisternas, torna-se cada vez mais urgente para garantir a resiliência do Semiárido Nordestino diante dos desafios climáticos.